A indústria brasileira foi um grande ator na APLF 2024

O regresso da feira APLF ao seu cenário tradicional na cidade de Hong Kong mostrou que continua a ser o maior ponto de encontro da indústria mundial do couro e dos seus fabricantes, marcando o pulso do mercado e dando indicações sobre os caminhos que irá tomar nos próximos meses.

Todos os profissionais do mundo mostraram o seu otimismo com o regresso da Feira ao seu local habitual, sabendo que este espaço que há 40 anos gera excelentes negócios – e nos últimos 20 se afirma como centro de negócios da indústria mundial do couro – continua sabendo que o contexto atual levanta dúvidas sobre o futuro próximo e impacta o nível de atividade.

Como tem sido afirmado em alguns relatórios setoriais, como o da prestigiada publicação World Leather / leathrbiz.com, a situação europeia não é das melhores, mas a Ásia mostra maior vitalidade e os profissionais do setor tomam medidas para ganhar espaço nos seus negócios, mas poucos previram que a outra região jovem do setor, a América Latina, está mostrando que tem todas as condições para desempenhar um grande papel.

A indústria brasileira, de longe a maior da região, entende isso e é por isso que um sólido grupo de empresas preparou sua participação na APLF com toda sua experiência e capacidade. Além disso, nesta nova etapa, contaram com o auxílio de entidades governamentais de promoção de exportações como a APEX Brasil, e a coordenação dos projetos Brazilian Leather e Brazilian Materials. A opinião de todos esses participantes é que os contatos e negócios – os contratos firmados e os acordos para o futuro próximo – que as empresas brasileiras realizaram superaram em muito as suas expectativas.

Os curtumes, coordenados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil – CICB compunham um sólido contingente de 55 empresas. Ao final da feira, informaram que com base nos contatos feitos na APLF projetavam vendas no valor de US$ 185,2 milhões para os próximos 12 meses. Esse resultado supera o de 2019, momento que é lembrado pelos negócios mais fluidos.

Os contratos de vendas já assinados durante a APLF Leather também apresentam números positivos para os curtumes brasileiros: durante os três dias de feira, venderam couro por US$ 33,9 milhões, quase 30% a mais que em 2019. Os contatos estabelecidos também foram maiores: 1.500 em 2024, cem a menos do que na edição anterior, há cinco anos. A avaliação desta edição da feira por parte dos curtumes brasileiros é excelente e todos os que participaram garantem que retornarão em 2025.Os curtumes que expuseram na APLF foram os seguintes: A. Bühler, Agro Latina, Alpha Hides, America Leather, A.P. Müller, Bannach, Grupo CBR, Classic Couros, Coming, Cortume Krumenauer, Couro & Arte, Curtume Cacique, Curtume Minuano, Curtume Nimo, Curtume Partner, Curtume Santo Antônio, Curtume Sulino, Durli Leathers, Euro-América, Forma Couros, Fuga Couros SA, Gobba Leather, HY. Leatherex, Hason International, JBS Couros, Liderkoll, Luiz Fuga, Minerva Leather, Nova Kaeru, OCM Best Brasil, Pacific Leather, Union Leather e Wellour.

Outro dos setores industriais que estiveram na feira de Hong Kong foi o de produtos químicos para couro, reunidos pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos de Couro (Assintecal). Foram nove empresas de renome que também comemoraram os excelentes resultados. As empresas reportaram negócios que superaram os US$ 16 milhões, entre os realizados e os projetados para o restante do ano. O número é mais que o dobro do registrado na edição anterior.

A Gerente de Marketing e Relacionamento da Assintecal, Aline Santos, confirmou que o retorno da feira a Hong Kong facilitou excelentes contatos e negociações e foi fonte de satisfação e otimismo para expositores e compradores. “Recebemos visitas importantes dos principais players dos mercados da China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, México, Tailândia, Itália, Vietnam, Paquistão, Turquia, Filipinas, Rússia e Japão”, confirmou. Segundo Santos, foram realizados 178 contatos com o mercado internacional. “Mesmo com o mercado mundial ainda bastante instável, os negócios surpreenderam positivamente. Os materiais e produtos químicos brasileiros são cada vez mais considerados pelo mercado internacional, pelos atributos de qualidade e sustentabilidade e isso ajuda muito no desempenho”, concluiu a executiva da Assintecal.

Participaram da APLF as empresas Systemhaus, Química Carioca, Corium Química, Seta, Master Equipamentos, Noko, Ecovita, Michelon e Tanac.

Fonte: Imprensa CICB e CueroAmerica                 Editado por ABQTIC